Olá, queridos leitores!
Decidi escrever este texto para tentar ajudar alguém que estiver precisando ou passando pelo mesmo.
Há algum tempo, venho tentando me organizar e me autoajudar. Isso começou logo após a maternidade e a faculdade entrarem na minha vida.
Confesso que não foi fácil (e ainda não é), mas o válido é tentar todos os dias.
Quando o meu filho nasceu, eu descobri que nem todas as pessoas estarão realmente ao seu lado, algumas partirão e às vezes o melhor a se fazer é deixar partirem. Você vive por dois, tudo o que fizer a partir deste momento também afetará a vida da criança.
Na faculdade, digo que é parecido, ou você faz por si próprio, ou o barco afunda em algum momento.
Hoje, com 23 anos, a minha cabeça mudou completamente. Eu não ligava muito para as consequências das coisas que escolhi com 15 anos. Não sabia da dificuldade das coisas. Como a maioria dos adolescentes.
Com o tempo, aprendi que tudo que vem fácil também vai fácil. Que as coisas que eu quero não irão cair do céu e sim serão conquistadas através dos meus esforços. Que não depender das pessoas é a melhor coisa do mundo, mas que haverão momentos em que você vai precisar de ajuda e é melhor deixar o orgulho de lado (falo das pessoas que realmente nos amam). E aprendi que nem sempre família é a mesma que tem o seu sangue, muitas vezes você constrói amizades que viram família.
Eu passei a colocar o meu filho em primeiro lugar sem me esquecer, é claro (me apagar totalmente). Ele é a minha prioridade. O desejo de torná-lo uma boa pessoa é que pulsa dentro do meu coração.
Quero que ele aproveite a infância, a adolescência, a vida adulta e a velhice. Que faça boas escolhas, seja feliz e realizado. Sem me importar se ele irá namorar um homem ou uma mulher. Só quero que ele seja feliz e livre de pensamentos ruins e preconceituosos.
Tenho a minha mãe e o meu filho como a minha fortaleza, o meu bem maior. Vê-los com saúde e felizes é tudo para mim.
Nos momentos mais difíceis, são eles que estarão comigo.
As amizades? São poucas e são as mais verdadeiras. Que me acompanham há anos e além da minha família, são os que posso contar sempre.
E o que venho fazendo hoje para tentar me autoajudar é: valorizar as pessoas que eu amo e que estão sempre ao meu lado, seja com um gesto simples como um abraço, um sorriso, uma palavra de apoio, uma lembrancinha ou apoiando em diversas coisas.
Deixei de ser como antes, pois aceitava muitas coisas ruins com um sorriso no rosto e hoje não o faço mais, se não me agrada eu sou sincera.
Passei a ler mais, estudar mais e às vezes a ficar mais sozinha. E confesso, a solidão não é a pior coisa do mundo, ela me ajuda em momentos críticos de raiva, em que antes eu extravasava. A leitura me ajudou a ser mais concentrada, a buscar mais o desconhecido, eu descobri o meu lado criativo, desenvolvi a escrita e descobri que a amo. Os estudos me ajudaram a ser mais planejada e responsável (junto com a maternidade).
Enfim, eu passei por diversas mudanças que vem me ajudando a ser alguém melhor. Hoje eu penso duas vezes antes de falar ou fazer algo. Se eu não quero, eu não faço, pois antes fazia tudo achando que estava agradando e descobri que não é bem assim. Amor não mata ninguém e nem sempre é retribuído. Ame-se em primeiro lugar, é mais saudável.
São tantas coisas, que eu poderia passar o dia citando. Mas repito, ame-se em primeiro lugar, pare e reveja os seus atos, fique um pouco sozinho, busque novos hábitos, leia, dance, ouça música, desenhe, viaje, mas cuide de si mesmo antes de tudo.
E lembre-se, o que me ajudou foi saber que os problemas existem e cabe somente à nós aprender-mos a lidar com eles.
Dê valor as pequenas coisas, elas crescem e nos fazem felizes. Comece de baixo, lute e conquiste. Viva a juventude com prudência e planeje o amanhã. Mas se ainda não o fez, pare e comece agora, ainda dá tempo de mudar!
Mudanças são sempre bem-vindas e quando são boas elas necessitam ser exaltadas.
Ouça o que os seus pais dizem pra você, é por amor e carinho. Eles já passaram por algo parecido. Eles já foram jovens e você também será adulto e velho algum dia.
E sinta-se abraçado, eu também já me senti sozinha. Posso saber um pouco do que você sente. E às vezes tudo o que queremos é somente um abraço ou ler/ouvir algumas palavras que possam nos confortar.
Jéssica.