Embora a obra de Graciliano Ramos (1892-1953) seja composta de treze capítulos que podem ser lidos separadamente, é muito difícil parar de ler e de acompanhar as aventuras e desventuras da família pobre formada por Fabiano, sinhá Vitória, o menino mais velho, o menino mais novo e a cachorra Baleia, em suas andanças fugindo da fome, da sede e da falta de trabalho. Porém, a leitura do primeiro capítulo, “Mudança”, e o último, “Fuga”, devem ser lidos nessa sequência, pois apresentam uma ligação que fecha um ciclo. Apesar de alguns vocábulos excêntricos, a leitura é fácil, ágil, e extremamente profunda.
Vidas Secas também está no cinema, composto de uma sucessão de cenas que focalizam diferentes momentos na vida de uma família de retirantes, o filme surpreende pelo relato objetivo de pessoas simples, sem grandes ambições e exploradas por outros homens.
A obra fui publicada no ano de 1938, e é qualificada como uma das mais bem-sucedidas criações da época. O estilo seco de Ramos, que se expressa principalmente por meio do uso econômico dos adjetivos, parece transmitir a aridez do ambiente e seus efeitos sobre as pessoas que ali estão.
O autor é considerado o mais importante prosador da segunda fase do Modernismo. Sua obra compõe-se de romances como: Vidas Secas, Caetés, São Bernardo, Angústia; contos: Insônia: memórias: Infância, Memórias do Cárcere. Escreveu também um livro de literatura infantil: Histórias de Alexandre.
Para os leitores brasileiros, a obra pode ser encontrada na versão Kindle, no site da Amazon:
E no site da Livraria Cultura em formato físico:
Esta publicação faz parte do projeto Sonhando Entre Linhas.